A estampa floral foi muito usada até a década de 20 na decoração de ambientes, como forração de mobiliários e papéis de parede, mas ainda era limitada sua presença no vestuário, por questões estéticas e de custo pois a estamparia por quadros e cilindros (incrementada a partir da segunda década) tornou o tecido estampado acessível e popular.
O estilista francês Paul Poiret foi um dos primeiros a utilizar o tecido padronado floral (eram em sua maioria bordados até o final da Belle Époque) como tendencia de moda no inicio do século, mas foi apenas após a Segunda Guerra Mundial que a estampa floral se tornou um dos padrões mais utilizados na moda, sendo toda a década de 50 uma verdadeira celebração do padrão florido.
A estampa de flores se prende ao figurativo de maneira muito original, com figuras das mais variadas espécies de flores representadas de todas as formas (impressionista, expressionista, romântica, modernista, cubista, dadaísta, fauvista) e em nossos dias, digitalizada, aonde todas essas expressões podem ser manuseadas, alteradas, copiadas e retocadas, para ao final serem o que sempre foram: flores, mostrando a riqueza possível dos recursos digitais, pois o que caracteriza algumas estampas florais atualmente é a presença da linguagem hi-tech aplicada a pattern classico, pois o padrão floral é o que mais se mantem fielmente retrô ao seu período áureo: os anos 50.
Isabela Maria